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VOZ DE FÁTIMA, VOZ DE DEUS Nº 36

28 de outubro de 2017 

         “Vox túrturis audita est in terra nostra”       

                             (Cant. II, 12)                       

Todos os devotos de Nossa Senhora de Fátima provavelmente lembram-se bem de que Ela, em Sua primeira aparição, pediu aos três pastorinhos que fossem à Cova da Iria, àquela mesma hora, no dia 13 de cada mês, durante seis meses seguidos, e que Ela disse que voltaria lá uma sétima vez. Esta sétima vez não está narrada nas “Memórias” da Irmã Lúcia, que são a principal fonte de informação, conhecida do público, dos acontecimentos de Fátima.

Acontece que, pela graça de Deus, chegou às nossas mãos uma obra escrita por um sacerdote que, pelo que me consta, esteve pessoalmente com a Irmã Lúcia, tornando assim o dito livro um testemunho de grande importância e crédito.

Eis o que lemos ali, nas páginas 138, 139 e 140:

“Ameaçada por sectários ou adulada e considerada oficialmente como uma santa pelos peregrinos, a situação de Lúcia tornava-se cada vez mais perigosa para sua alma. Inquieto por essa popularidade, o bispo de Leiria, Dom da Silva, se encontra com Lúcia no dia 13 de junho de 1921. Ele lhe pede que deixe secretamente Fátima e sua família e se instale na cidade do Porto, onde ninguém saberá quem ela é.

Na véspera da partida, estando com o coração apertado pela emoção e pelo desgosto, Lúcia percorre por uma última vez todos os lugares que lhe eram caros.

Sétima aparição de Nossa Senhora. 15 de junho de 1921.

Lúcia não se sente capaz de fazer o sacrifício de deixar sua família. Indo uma última vez à Cova da Iria, ela pensa:

‘Não sei como será lá, para onde o Sr. Bispo quer me enviar. E é com a condição de que eu não volte mais para casa. Portanto, eu não voltarei a ver mais minha família nem esses lugares abençoados… Não mais voltarei a ver Vila Nova, onde repousa Jacinta, nem o cemitério onde estão os restos mortais de meu querido pai e de Francisco!… Impossível, eu não irei!’ ‘Com essa multidão de pensamentos sombrios, ajoelhada e inclinada perto da azinheira privilegiada sobre a qual Nossa Senhora pousou Seus pés imaculados, eu deixava correr minhas lágrimas em abundância, ao mesmo tempo pedindo perdão a Nossa Senhora por não ser capaz de Lhe oferecer dessa vez esse sacrifício que me parecia acima de minhas forças. Mas eis que senti Vossa mão amiga e materna tocar meu ombro. Levantei os olhos e Vos vi. Éreis Vós, minha Mãe bendita, que me dáveis a mão e me indicáveis o caminho:’

‘- Eis-Me aqui pela sétima vez. Vai! Sou Eu o caminho pelo qual o Senhor Bispo quer te conduzir. É a vontade de Deus.’

‘Então, repeti meu ‘sim’, muito mais consciente agora do que o do dia 13 de maio de 1917. Lembrei-me de minha querida Nossa Senhora do Carmo e, nesse instante, senti a graça da vocação à vida religiosa e o atrativo pela Ordem do Carmelo. Tomei como protetora minha querida irmã, a pequena Teresa do Menino Jesus.’ (“Une année avec Fatima”, Père Ange-Marie)

Arsenius

U.I.O.G.D.

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