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Semelhanças que não meras coincidências

Recentemente o Pe. Schmidberger, em uma carta dirigida a membros da Fraternidade São Pio X, se exprime em termos muito semelhantes aos empregados pelos Padres de Campos por ocasião de seu acordo com Roma. Essa semelhança é meramente casual ou exprime uma mesma disposição de espírito? Se a verdade for esta última (o que nos parece ser), chegamos à conclusão que ambos estão imbuídos da mesma ilusão, a qual levou Campos à situaçao em que se encontra hoje.

Então, vejamos as palavras de cada um deles:


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Vemos a preocupação dos Padres de Campos pelo fato de estarem na “ilegalidade” na Igreja, preocupação essa que se percebe também nas palavras do Pe. Schmidberger. Ora, sabemos que essa “ilegalidade” é uma conseqüência normal da adesão (verdadeiramente ilegal, porque contra as leis “orandi et credendi”) das autoridades eclesiásticas atuais aos erros já condenados do liberalismo e do modernismo. Sabemos outrossim que essa adesão os faz inevitavelmente condenar-nos e rejeitar-nos, ao menos relegando-nos ao silêncio (o que não é pouco). Portanto, é mais do que “normal” que eles nos ponham numa pseudo ilegalidade. Consequências: a) por que nos molestar por estarmos na situação em que nos encontramos?; b) é uma ilusão procurarmos, por agora, uma legalidade, como se nessa situação pudéssemos nos manter na posição correta que convém termos na crise atual.


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Mais uma ilusão: achar que João Paulo II (no caso dos Padres de Campos) e tanto Bispos como Cardeais, compromissados com o Papa atual, iriam ser ajudados (?!) ou nos ajudariam no combate aos erros e heresias. Como se a conivência e o silêncio diante do que se passa hoje na “Igreja Conciliar” já não fosse uma traição do modo como os eclesiásticos deveriam proceder, pois se os supostos “simpatizantes e amigos” pensassem realmente como nós, não temeriam apoiar-nos publicamente, mesmo antes da “legalização”.


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Sentir-se de certo modo “cômodo” por estarmos longe do governo e da direção que as atuais autoridades querem nos impor não é o mesmo que sentir-nos assim com relação à autoridade eclesiástica enquanto tal. Distinguir para bem compreender: é o modo correto que todo bom discípulo de Santo Tomás, e da Igreja simplesmente, deve proceder.


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E o combate àqueles que propagam os erros? Isso não foi dito… E isso não foi feito pelos Padres de Campos. A Fraternidade o fará? Essa atitude já reina em Campos e, também, já vemos se delinear nas autoridades da Fraternidade e, provavelmente em não poucos súditos da mesma. E o silêncio sobre a renovada reunião de Assis? Constatamo-lo tanto em Campos como em Menzingen… Se já agora esta procede assim, o que será depois?

Esperamos que Dom Lefebvre e o Pe. La Praz, do alto do Céu, onde cremos se encontram, alcancem de Maria Santíssima a graça de que a Fraternidade volte atrás nesse caminho no qual ela se engajou, e veja as coisas tais como elas são e não como gostaríamos que elas fossem. Para que em tudo Deus seja louvado!

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