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VOZ DE FÁTIMA, VOZ DE DEUS Nº 29

02 de setembro de 2017

Vox túrturis audita est in terra nostra”

(Cant. II, 12)

Dando continuidade à série de textos para meditação nos primeiros sábados de cada mês, que começamos nos números 25 e 28 de “A Voz de Fátima”, eis aqui mais três mistérios:

Segundo mistério doloroso: A Flagelação.

Desejando satisfazer a sede insaciável de sangue que os judeus mostravam contra Jesus, Pilatos submete-O ao cruel suplício da flagelação. O flagelo romano era munido de balas de chumbo em suas pontas, que fazia ao longo do corpo do condenado dolorosas feridas de considerável tamanho. Os braços vigorosos dos carrascos, além das costas, não poupavam nem os braços nem as pernas, tornando o corpo do supliciado uma chaga viva. Nosso Senhor, por causa de Seu suor de sangue no Horto das Oliveiras, estava, ademais, com Seu corpo em um extremo grau de sensibilidade, tornando-Lhe a flagelação como que um invólucro de dor como de fogo. Ele via, através dos séculos, os pecados que se cometeriam com o sentido do tato e que, nesse momento, Ele reparava tão dolorosamente. Senhor, dai-nos a graça de um arrependimento profundo de nossos pecados contra a santa pureza, por causa dos quais Vós tanto sofrestes.

Terceiro mistério doloroso: A Coroação de Espinhos.

Os soldados não se satisfizeram com a flagelação, queriam rir-se da realeza de Nosso Senhor e, unindo a crueldade à zombaria, coroaram-No com uma coroa de espinhos que tornou os cabelos e o rosto de Jesus cobertos de sangue. Sua figura era digna de toda compaixão, no entanto Ele não encontrou à volta de Si senão corações insensíveis que, como abutres em cima da carniça, esmeravam-se em redobrar os Seus sofrimentos físicos e morais: bofetadas, pauladas e cusparadas se seguiam incansavelmente… Ele, certamente, tinha em vista reparar os nossos pecados de pensamentos, seja de orgulho, seja de impureza, seja de falta de caridade para com o próximo. Senhor, dai-nos a graça de um sincero arrependimento de nossos maus pensamentos, que tanto Vos fizeram sofrer.

Quarto mistério doloroso: O Caminho para o Calvário.

Jesus levou sobre Seus ombros o instrumento do qual penderia e no qual estaria fixado com grandes cravos, através das ruas de Jerusalém, diante de todo o povo, desejoso de Sua morte. Se caminhar para o lugar da pena de morte já é algo terrível para um condenado, que será fazê-lo nessas circunstâncias em que Nosso Senhor se encontrava? Seu corpo extenuado vai tombar violentamente várias vezes sob o peso do patíbulo, Sua gratidão se revelará ao deixar Seu rosto impresso no véu da Verônica, Sua compaixão se mostrará heroica nas palavras que dirigiu às compadecidas mulheres que encontrou no caminho, Sua fortaleza de alma se fará patente ao continuar vivo após ver os sofrimentos indizíveis de Sua Mãe e o Seu desejo, muitas vezes incompreensível para nós, de que participemos de Seus sofrimentos se manifestará na ajuda prestada por Simão Cirineu.

Arsenius

U.I.O.G.D.

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