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VOZ DE FÁTIMA, VOZ DE DEUS Nº 28

26 de agosto de 2017

                “Vox túrturis audita est in terra nostra”       

                               (Cant. II, 12)                       

Continuando com a série de textos para meditação nos primeiros sábados de cada mês, que começamos no número 25 de “A Voz de Fátima”, eis aqui mais três mistérios:

Quarto mistério gozoso: A Purificação de Nossa Senhora e a Apresentação de Jesus.

No Antigo Testamento, a Lei mandava que as mães, ao darem à luz, deviam cumprir a cerimônia chamada da purificação, e se o filho fosse primogênito, este devia ser oferecido no rito da apresentação. Nossa Senhora, a puríssima sempre Virgem, não estava obrigada ao rito da purificação, nem Nosso Senhor, o próprio Deus Encarnado, tinha que ser oferecido, como se fosse um pecador. Mas tanto Jesus como Maria Santíssima, quiseram dar-nos o exemplo de obediência e humildade. E nessa ocasião Nosso Senhor se ofereceu ao Pai como vítima de holocausto, para sofrer, pela nossa salvação, tudo o que Lhe estava preparado: Sua Paixão e Morte. O oferecimento foi total e perfeito, inteiramente aceito e agradável ao Pai, semelhante ao que ocorre na Santa Missa, sendo que agora Jesus já experimentou aqueles sofrimentos, e na Apresentação ainda não os havia experimentado.

Quinto mistério gozoso: A perda, a procura e o encontro do Menino Jesus.

Nosso Senhor quis deixar-Se ficar no templo de Jerusalém, sem que o soubessem Nossa Senhora e São José, os quais voltavam para sua cidade. Durante três dias, cheios de dor, procuraram o Menino, mas em vão. Finalmente encontraram-No entre os Doutores da Lei, mostrando-lhes, com toda a modéstia, quem Ele era, através de Seu saber extraordinário. E Ele, com palavras enigmáticas, disse à Sua Mãe uma verdade que hoje podemos aplicar às nossas igrejas que têm o Santíssimo Sacramento: sempre que quisermos achá-Lo, lá O encontraremos, ocupando-Se nas coisas de Seu Pai e pronto a dar-nos “audiência” a todo o momento. Peçamos a Deus que, a exemplo de Nossa Senhora e São José, não haja para nós maior sofrimento do que o de estar sem Jesus, e envidemos todos os esforços para tê-Lo sempre conosco, por Sua graça santificante.

Primeiro mistério doloroso: A agonia no horto.

No Horto das Oliveiras, Nosso Senhor vê, com toda a crueza, tudo o que terá de sofrer para nos salvar. Vê também toda a nossa ingratidão por tão grande benefício. Não Lhe falta a impressão de que é um grande culpado que se apresenta diante do tribunal de Deus, pois naquele momento Ele estava ali representando-nos a todos nós. E toda essa torrente cai-Lhe sobre as costas, e esse sofrimento é tamanho que, prostrado em terra, começa a transpirar não somente suor, mas sangue também. E Ele procura conforto em Seus Apóstolos, e não encontra. Sozinho Ele começa Sua Paixão e sozinho prosseguirá as dezessete horas que O separam da terrível morte que O espera. Mas a agonia se desvanece, após três angustiosas horas, e Ele suportará tudo o que vier com a mais indescritível e divina paz.

Arsenius

U.I.O.G.D.

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