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O FIM DO HOMEM – Qual o nosso fim?

I – O FIM DO HOMEM

1 – Qual o nosso fim?

Diógenes e os três sestércios – Diógenes, filósofo grego, armou numa praça de Atenas uma barraca com este letreiro: “Aqui se vende sabedoria”. Quem passava por ali olhava e ia adiante rindo. Mas um senhor, folgazão, que viu o letreiro, deu a seu servo três sestércios (cerca de 60 centavos), dizendo-lhe:

_ Vai até aquele fanfarrão para comprar-lhe sabedoria. Veremos o que te dará por três sestércios.

O servo cumpriu a ordem. E Diógenes, de posse das moedas, respondeu:

_ Repete a teu patrão esta máxima: Em tudo que fazes pensa no fim.

Esta sábia resposta agradou tanto ao senhor que, que a fez esculpir em letras de ouro na soleira de sua porta, para lembrar a si e aos demais o fim para o qual estamos na terra.

No fim do homem, pensavam os pagãos; nisso muito mais devem pensar os cristãos; e, em tudo o que fazem, deveriam sempre tê-lo em vista. Mas, qual é o nosso fim? E muito importa consegui-lo?

I – Qual é o nosso fim?

O Menino no deserto – Uma caravana de viajores, atravessando um deserto, topou um menino que andava só, perdido naquela solidão, com os olhos revirados e inchados de tanto chorar… Os viajantes interrogaram-no:

_ Quem és?

_ Não sei, respondeu o menino.

_ Donde vens?

_ Não sei, continuou o menino.

_ Aonde vais?

­ _ Não sei, concluiu o menino.

Aí eles tomaram consigo o menino, e pouco depois perceberam que ele havia enlouquecido de medo e de dor.

Quantos, sem terem enlouquecido, se parecem com esse menino! Se lhes indagam: Quem vos criou e pôs neste mundo? Eles respondem: “Não sei!”. Interrogados por que vivem, não sabem responder; não sabem a que se destinam. Devem se recordar do que aprenderam desde crianças: Deus nos criou. E para quê? Para conhecê-Lo, amá-Lo e servi-Lo nesta vida, e para gozá-Lo depois para sempre na outra vida no Paraíso.

Aqui está a verdadeira sabedoria. Mas poucos o entendem.

Mesmo entre os jovens há os que vivem no mundo só para gozar a vida e passam os dias em contínuos divertimentos, em jogos, em passeios, na dissipação. Quase nunca fazem orações. Pensam em Deus? Na alma? Nem por sonho! À Igreja vão bem pouco. Aos Sacramentos raríssimamente. E parece que uns estão no mundo só para cometer pecados! Fazem como aqueles jovens, de quem fala a Sagrada Escritura, que pensavam assim: “Nascemos do nada… a vida é breve… logo aproveitemos o tempo: coroemo-nos de rosas antes que elas murchem: Coronemus nos rosis, antequam marcescant” (Sab 2,8). E esta é a maior desgraça!

S. Francisco de Assis e o pedreiro – S. Francisco de Assis topou certa vez um pedreiro que trabalhava, e amistosamente o interrogou:

_ Que fazeis, compadre?

_ Faço paredes da manhã à noite, respondeu o pedreiro.

_ E por que fazeis paredes?

_ Ora essa! Para ganhar dinheiro!

_ E para que quereis ganhar dinheiro?

_ Para comprar pão e viver, concluiu o senhor já aborrecido.

_ Bem, prossegue o santo, e para que fim viveis?

Desta vez o pedreiro não sabia o que responder; mas a resposta deu-a S. Francisco, lembrando-lhe o fim para o qual estamos nesta Terra.

(Extraído do livro A Palavra de Deus em Exemplos, G. Montarino)

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