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  • Comentários Eleison nº 876

    Por Dom Williamson Número DCCCLXXVI (876) – 27 de abril de 2024 MENSAGENS DIGNAS DE NOTA - II Pode alguém aqui não reconhecer a Tradição? Ou, no Concílio, dos católicos a perdição? A segunda da série de mensagens, supostamente do Céu, que nos chegou recentemente através da pequena comunidade católica do sul do Texas, é de Deus Pai. No dia 22 de fevereiro, Ele convocou todos os Seus filhos para se unirem ao exército que formou em todo o mundo em pequenos batalhões, depois de terem sido abandonados e traídos pela grande maioria dos pastores que haviam sido designados para cuidar deles. Sim, pois em vez de cuidarem deles, adormeceram e os traíram (hoje a Voz de Deus Pai passa despercebida por aqueles pastores, mas está prestes a trovejar, a fim de despertá-los). Seus filhos há muito sofrem nas mãos deles, mas Ele logo surgirá em nome de Seus filhos. Que esperem um pouco mais, levantem seus corações, confiem n’Ele e não O temam. Ele os ama. Ele está vindo. Nestes “pequenos batalhões” será que alguém não consegue reconhecer os restos dispersos da chamada “Resistência”? No dia 26 de fevereiro, Deus Pai proferiu as palavras que se seguem para os Seus “filhos padres” – uma tremenda acusação. Escreve agora, filha, para Meus filhos padres. Aqueles que, em vez de serem Meus colaboradores mais próximos, Meus instrumentos mais dóceis e fiéis, Meu descanso, tornaram-se um estorvo muito grande; almas de ladrões, que roubam dos Meus filhos o que lhes pertence; almas rebeldes à Minha Voz, almas preguiçosas; almas que, tendo-Me perdido, não Me buscam. Aventurando-se cada vez mais nas trevas, eles dão as costas à Minha Luz. Eles terminarão ficando mais secos e murchos do que a figueira que amaldiçoei antes de entrar em Jerusalém. DESPERTAI, filhos. Vede o que, NA VERDADE, está acontecendo ao vosso redor. Saí do inimigo, das vossas confusões e seduções. Minha Voz é clara, direta. O sim que é sim, o não que é não. A Verdade é LUZ. Filhos, vós estais cercados de mentiras. VÓS FOSTES ENGANADOS. E vós absorvestes essas mentiras que são tão prejudiciais porque obscurecem a VERDADE, de modo que todo o vosso ser se obscurece, e vós vos distraís facilmente, tornando-vos completamente inofensivos para o Meu inimigo. PRECISO DE FILHOS GUERREIROS, PADRES E SOLDADOS. Intrépidos na batalha. ONDE ESTÁ A VOSSA FÉ, filhos? FILHOS, AS TREVAS SE ESPALHARAM PORQUE NÃO HÁ FÉ NOS MEUS PADRES. VÓS SOIS RESPONSÁVEIS POR TANTA ESCURIDÃO, FILHOS. E vós, chamados bispos, que deveríeis ser pais para os Meus filhos padres, exemplos e guias, vos tornastes muito piores que os demônios, pois pelo menos os demônios Me reconhecem como Deus, apesar de Me odiarem. Mas vós me deixastes de lado e me usastes para seus próprios fins. Ai de vós! Ai de vós se não reconhecerdes esta última oportunidade. Se vós não vos voltardes para Mim, se não reconhecerdes vossa culpa e responsabilidade, tereis de acertar as contas comigo mesmo. NINGUÉM ZOMBA DE MIM. NINGUÉM SE APROVEITA DE MIM. Vós não somente deixastes a fumaça de Satanás infiltrar-se no Meu Santuário, mas permitistes que todo um exército de demônios ocupasse vossos lugares. E permitistes que o usurpador se sentasse na cadeira de Meu Pedro – aquele que está a realizar a grande traição que deixará a Minha Igreja desolada. E VÓS PERMITISTES ISSO. E vós carregais consigo a terrível responsabilidade desta horrenda ofensa a Mim, vosso DEUS. Vós estais tão cegos que não vedes como estais sendo usados e manipulados. Vós Me abandonastes e abandonastes Meus pequeninos. E abandonastes o Meu Jesus. Ai de vós! Mas eu, vosso DEUS, tenho misericórdia. Eu, vosso bom Pai, me apiedo de vossa cegueira, fome e nudez. APRESSAI-VOS, filhos. NÃO HÁ MAIS TEMPO. Eu falo convosco como vosso Pai. Mas em breve falarei como o TODO PODEROSO E ÚNICO DEUS, O SENHOR DEUS DOS EXÉRCITOS. AQUELE QUE É. O ÚNICO. DESPERTAI. LUTAI. DEFENDEI O QUE VOS CONFIEI. É A ÚLTIMA CHAMADA. QUERO-VOS NO MEU EXÉRCITO. AGORA. TENHO MEU PLANO, NÃO TENTEIS IMPEDIR-ME. Tenho-vos esperado durante muito tempo, e já não há mais tempo. Coloqueis vossas casas em ordem, filhos. Visitarei CADA UM DE VÓS. ESCUTAI-ME, FILHOS. LEVANTAI-VOS. ESTOU CHEGANDO. Kyrie eleison.

  • Ainda a CIEC

    Por Gustavo Corção, publicado n’O Globo em 16 de novembro de 1972 Isto é, ainda a Confederación Interamerícana de Educación Católica (CIEC). Na semana passada comentamos o enorme número de publicações produzidas na infeliz América Latina sob o pretexto de educação e de catolicismo e com o objetivo claro, desmascarado, inequívoco, de incendiar no continente a revolução planejada pela Conspiração. NA SEMANA passada transcrevemos trechos de um estudo de Juan Eduardo Garcia Huidobra, intitulado Los Educadores Cristianos y la Liberación de America Latina, onde se vê que já não lhes bastando o marxismo como doutrina econômica ou sociológica para o que cinicamente chama de "educadores", de "cristianos", de "liberación", esse colaborador de CIEC quer o materialismo dialético na sua praxis, isto é, quer a revolução comunista. E ESSES "liberadores" da América Latina envolvem ostensivamente o CELAM, e ostensivamente citam trechos de cartas de Paulo VI, tudo ao sabor de um conúbio adulterino com o socialismo. O que atormenta a consciência católica, de um lado, é a tranquilidade com que essa Nueva Iglesia, herética, ímpia, monstruosa, atroz e desumana (segundo a adjetivação com que Pio XI estigmatizou o socialismo marxista) expõe sua doutrina entrelaçada com palavras do último Concílio e do atual Papa; e de outro lado o que nos apavora é a tranquilidade ainda maior com que o CELAM e a Santa Sé admitem, sem protestos, sem veementes e indignados vitupérios, esse comprometimento que nos desonra no que temos de mais sagrado. Diante de tal situação eu me apalpo e mil vezes por dia repito a mesma interrogação: o que pode, o que deve fazer um escritor católico que não quer morrer atolado na "mentira vital" com que se desfigura o respeito devido aos senhores Bispos e ao Sumo Pontífice? MIL VEZES por dia reconheço minha incapacidade de imitar as audácias de Santa Catarina de Sena se tão miseravelmente não consigo imitar a trigésima dinamização homeopática de sua santidade. Não podendo levar meu clamor até Roma, onde dizem uns que o Papa está cercado, e outros alvitram que o Cavalo de Tróia despejou os inimigos no próprio centro da Igreja, e não querendo viver meus pobres dias de desolada velhice com atrevimentos talvez ditados pela carne e pelo sangue, só me restaria o silêncio, a oração e o oferecimento a Deus desta pobre paixão sofrida ao pé da Cruz. ANTES disso, num desvario de otimismo, como quem espera contra toda a esperança do mundo, ainda posso prolongar o clamor e o pueril fingimento que o poeta nos receita: Enfim, eram remédios que fingia O medo do tormento, que ensinava a vida a sustentar-se de enganada. RECEITA mais perversa é ainda a de Ibsen, que nos deixou a amaríssima ideia de que a mentira para o homem é vital. Como já me acho muito velho para brincar comigo mesmo o jogo de esconder, e sobretudo para andar de quatro na comunidade dos onagros andinos, talvez me imponha o silêncio como acorde perfeito final depois do longo e sofrido contraponto de tantas controvérsias. OU ENTÃO Deus mesmo imporá esse bendito silêncio quando lhe aprouver trocar em meu coração toda esta bulha de combates pela paz, que é o fruto dos frutos. ENQUANTO não me calo volto a clamar com redobrada convicção e redobrada indignação: o que está acontecendo nos meios do "progressismo" ex-católico da América Latina é uma das maiores imposturas do século. Em todas as publicações, os artigos, as citações, as siglas afirmam e reafirmam a tese fundamental, ou melhor, a síntese final: cristianismo e comunismo não somente deixaram de ser antagônicos, mas, no termo da tríade, passaram a ser a mesma coisa. ALÉM dessa hedionda impostura teológica convém não esquecer a impostura sócio-econômica que, sem o menor apoio na realidade dos fatos, faz do comunismo o único processo de "desarrollo" econômico; e não deixa de ser especialmente grotesco esse termo espanhol que passou a significar liberação, quando sabemos que todos os povos sujeitos a esse regime estão hermeticamente arrolhados, e quando não ignoramos que a Rússia já não tem trigo para seu próprio e escasso consumo. E VOLTO a dizer: diante dessas superposições de obscenidades, o que me parece mais chocante, mais desolador, é a falta de reação da hierarquia católica, que parece sentir-se muito à vontade nessa incomensurável depravação. O fato é que, para desassossego das nações, dia após dia, bispos, padres, teólogos da "Nova Igreja" reafirmam a perfeita concordância entre o cristianismo e o comunismo, contra século e meio de severos pronunciamentos da Igreja, e contra o bom senso de 90% dos fiéis católicos. *** NO MESMO opúsculo, ou Documento Final do Seminário de CIEC, lemos, na página 12: La Concepción de la Pedagogia Liberadora en los Documentos de Ia Iglesia y de Ia CIEC. A PRIMEIRA citação é do Vaticano II, que nada diz que de longe se pareça com o que querem os desonestos membros da CIEC. Logo depois temos um pronunciamento do CELAM onde já surge a tolice e já aparece a expressão EDUCATION LIBERADORA ditada por seus amos de Moscou ou Pequim. Seguem-se citações da CLAR e da DEC. Nada disso se relaciona com o texto transcrito do Concílio Vaticano II, mas o fato é que não temos a quem apelar para a denúncia de tal abuso porque não se vê em nenhuma publicação oficial da Igreja Católica Apostólica Romana e nenhum sinal de calorosa indignação e de santa cólera. PAIRA sobre o mundo católico uma espécie de vaselina astral destilada dos Gandhis e dos Kings, e contra a qual em vão se ergue a voz do sangue dos mártires. Até quando? Até quando, Senhor?

  • Primeira etapa da campanha de construção de nossa igreja - 100% alcançados

    Com ânimo e gosto, confirmamos o encerramento da primeira etapa para o financiamento de nossa nova igreja, iniciada no ano da graça de 2023. Foram vários meses de planejamento e boas surpresas perante a generosidade de nossos benfeitores. Mesmo envidando esforços para outras arrecadações simultâneas, requeridas a diversos fins, os brasileiros não desampararam o Mosteiro da Santa Cruz em suas necessidades urgentes, pois que é imperiosa a expansão de nossa estrutura em face do aumento de vocações e fiéis. Mais duas etapas serão necessárias, porém vencemos a fase que poderia tolher nossas esperanças, pela graça de Maria Santíssima. Rezamos e continuaremos a rezar para que Nosso Senhor Jesus Cristo os cumule de muitas graças. Em breve será postado em nosso site as atualizações a respeito do andamento deste projeto. A este respeito, inclusive, já começamos as tratativas para o projeto arquitetônico ser iniciado. U.I.O.G.D.

  • Comentários Eleison nº 875

    Por Dom Williamson Número DCCCLXXV (875) – 20 de abril de 2024 MENSAGENS DIGNAS DE NOTA - I O horror que se avizinha ameaça com uma dor imensa, E é por isso que Ela tem advertido repetidas vezes. Quando se trata de aparições e mensagens supostamente vindas do Céu, ser prudente é certamente uma atitude sábia, porque sabe Deus que o Diabo se infiltrou tanto nas mentes dos clérigos com a traição da verdadeira fé católica pelas diabruras do Vaticano II a ponto de ninguém mais poder confiar nesses mesmos clérigos para obter um discernimento católico adequado entre o que é e o que não é verdadeiramente do Céu, como São Paulo nos convida a fazer nas Escrituras em 1 Tessalonicenses V, 19-21. Mas pode-se ser excessivamente prudente, especialmente quando a própria autoridade normal da Igreja está em confusão. Uma coisa é certa: assim como não existiriam notas falsas se não existissem notas genuínas em circulação, também não existiriam mensagens falsas do Céu se não existissem as autênticas para imitar. Cabe a nós mesmos fazer todo o possível para discernir. Vamos nos atentar a uma série de mensagens recentes vindas do sertão do Texas, nos EUA. A série começou com uma mensagem introdutória supostamente de Nossa Senhora – aliás, apliquemos o “supostamente” a tudo o que citarmos daqui por diante nestes “Comentários Eleison” referentes a essas mensagens. Os “Comentários” não têm autoridade para garantir a autenticidade das mensagens do Texas, mas levam-nas suficientemente a sério a ponto de considerar que vale a pena citá-las. Que os leitores julguem por si mesmos. Aqui, por exemplo, estão alguns trechos da primeira mensagem (pela última vez: supostamente) de Nossa Senhora: Fevereiro, dia 8: Filhos, a batalha se aproxima, e vós estais dormindo. Venho despertar-vos; como uma boa mãe que, vigiando seus filhos e velando por eles, e vendo o perigo crescente, os sacode para que não pereçam sem lutar. Filhos, estes são os tempos anunciados desde a antiguidade, em que a serpente três vezes maldita envenenará a muitos e interferirá no que é Nosso, e se levantará para confundir as nações com seus fantoches, seus servos, para destruir tudo o que é de Deus, e governar em Seu lugar. O desejo do Diabo de ser adorado e o seu ódio por Deus levaram-no a preparar, ao longo dos séculos, o que agora está sendo revelado diante de vossos olhos... Eu vim a vós, filhos, uma e outra vez, ano após ano, para advertir-vos... mas quão poucos de vós me compreenderam e se colocaram à minha disposição para que Eu formasse Meu exército de luz... Filhos, não resta mais tempo. A batalha, nosso contra-ataque, começa com estas Palavras que lhes damos, como Luz, Proteção, Orientação e Consolação. Não as ignore... elas lhes darão a direção de que vós precisais, agora que a Minha Igreja está sem pastor que cuide das minhas ovelhas, dos Meus filhos... Eles querem destruir-vos, filhos... recebei minhas Palavras de amor e consolação. Vós estais feridos, meus filhinhos, alguns mais, outros menos, mas todos vós carregais feridas – das vossas próprias decisões, do ódio de Satanás – e todos vós precisais da Nossa cura, todos necessitais da Nossa ajuda. Meus filhos, entrego-vos novamente o meu Jesus, dou-O a vós com todo o meu Amor pessoal... como vosso Rei... vosso Salvador e Redentor... somente Ele, filhos. Só Ele salva. Só Ele purifica. Só Ele cura... Não vos confundais. Muitas vozes tentam, e tentarão, passar-se pelas d’Ele. Muitos dizem e dirão que fazem tudo em nome d’Ele. Mas olhai para suas obras. Olhai para os frutos, filhos. NÃO OS IGNOREIS. E eu, vossa Mãe, vos prepararei para receberdes o dom supremo da Fé luminosa no centro de vossa alma para poderdes enfrentar os tempos presentes e vindouros, nos quais tudo o que parecia estável desmoronará... Bem-aventurado aquele que recebe estas Palavras e permite que elas deem frutos... O texto completo é muito mais longo, e os trechos acima citados não transmitem o sentido de urgência de Nossa Senhora, de que estaríamos à beira de uma grande batalha prestes a eclodir. O pequeno centro católico no Texas que recebe essas mensagens tem o seu próprio site. Busquem por “Mission of Divine Mercy”. Verdadeiramente, kyrie eleison.

  • XXX – O Respeito Humano - Uma verdadeira traição a Jesus

    O Respeito Humano É uma verdadeira traição Trai Jesus II – É uma verdadeira traição Quem se faz vítima do respeito humano, trai Jesus Cristo, os fiéis e a si próprio. 1 – Trai Jesus Cristo a) Que prometemos nós no batismo? Seguir Jesus Cristo até a morte. E seguir Jesus Cristo significa tomar o seu partido; ter como nossos os seus interesses e sua glória; reputar como feitos a nós os ultrajes que se fazem a Ele. Ora, notai como observam tais promessas algumas pessoas, em cuja presença insultam Jesus Cristo, desprezam o seu Evangelho, sua Igreja, seu Vigário: mas dizem eles uma palavra, para replicar tais blasfêmias? Dão ao menos um sinal de desgosto e de reprovação? O quê? Mostram-se tão indiferentes como se Jesus Cristo fosse a pessoa mais estranha do mundo! E como tal indiferença e tal silêncio não se repete o que com sua boca já disse Pedro: “Não conheço Jesus Cristo: Non novi hominem?” b) Há também os que se contentam com a indiferença e o silêncio; mas se declaram abertamente contra Jesus Cristo, pondo-se no partido dos seus inimigos. Olhai se não é verdade. Às vezes vos encontrais em conversação: um meio incrédulo, que queira fazer espírito, lança o ridículo sobre algum dogma da Religião; e eis os demais a rir e a aplaudir, unindo-se ao seu escárnio. Mas quem são eles? São cristãos degenerados, vítimas do respeito humano. E não é isso um associar-se aos judeus do Calvário, para insultar Jesus moribundo e renegá-lo? Isso ocorre nas conversas. c) Notai depois a sua conduta. Para seguir Jesus Cristo é mister observar a sua lei. Mas observam-na aqueles? Sim, quando o permite o mundo, senão, continuam humílimos servos do mundo. Sabeis como tratam a religião? Como roupa de casa, que se traz no corpo enquanto se está em casa, e se despe toda vez que sai em público. Em casa onde ninguém os vê, observam os preceitos do Evangelho; fora de casa, onde os olhos do maligno os acompanham, professam as máximas do mundo. Jesus Cristo é seu Deus secreto; o mundo é seu Deus público. E quando se trata de sacrificar ou um ou então outro, eles com a máxima facilidade sacrificam Jesus Cristo para apoiar o mundo. E não é isso trair Jesus Cristo? d) Vede a conduta dos Apóstolos: como foi diferente! Levados perante o Conselho dos judeus, e ameaçados de castigos se não param de pregar Jesus Cristo, respondem francamente: “Deve-se obedecer mais a Deus do que aos homens” (At 5, 29). Deixam-se flagelar e depois se rejubilam de terem sofrido por Jesus Cristo. (At 5, 41). “A morte, mas nunca uma traição!” – Em 1809 quando os franceses marchavam contra Viena, uns oficiais, dentre os quais um general, queriam forçar um campônio a indicar-lhes o caminho. Este recusou-se energicamente. O general lhe ofereceu uma grande soma de dinheiro; mas topou o homem mais duro do que antes. Então se recorreu às ameaças: “Se não nos mostra o caminho, mando-te fuzilar imediatamente”. “Está bem! (responde o campônio impassível), prefiro morrer, cumprindo o meu dever de súdito, a tornar-me um traidor do meu Soberano e da minha pátria”. O general, à vista de tanta fidelidade e franqueza, apertou a mão do campônio, dizendo-lhe: “Volta para casa, valente homem: faremos nós”. Eis a fidelidade e a firmeza que deve ter um cristão. Ameaçado de castigo e até de morte, deve preferir esta à traição de sua fé e de seu chefe que é Jesus Cristo. e) Vede a conduta dos Mártires. Podiam evitar os tormentos e a morte: bastava apenas fingirem adorar os ídolos, mantendo contudo a fé em Jesus Cristo. Mas não: sabiam que quem não é cristão diante do mundo, não o é diante de Deus; sabiam perfeitamente do protesto feito por Jesus Cristo, que quem renega a Ele diante dos homens, será por Ele renegado diante de seu Pai celestial (Mt 10,33); e todavia, com heroica firmeza expunham o pescoço ao ferro dos algozes, exclamando: “Eu sou cristão!”. E os covardes que, cedendo às ameaças dos tiranos, queimaram incenso aos ídolos, sempre foram considerados como apóstatas e traidores de Jesus Cristo. Que dizer agora dos cristãos, bem mais covardes, que não ousam tais aparecer em público, não por medo dos tormentos, mas por um ridículo temor das zombarias e mexericos do mundo? Um punhado de heróis – O imperador Constâncio (306), pagão, mas justo apreciador dos homens, tinha entre os altos oficiais de sua corte não poucos cristãos. Pretendendo experimentar de que têmpera eram estes seus cortesãos, um dia os chamou a todos perante si, e fingindo querer persegui-los, disse-lhes: “Estou cansado de lidar com tantos partidários do Nazareno, e me quero desembaraçar deles. Cada qual que se explique e escolha: ou o sacrifício a Júpiter ou então a condenação!”. Ante essa intimação, uns covardemente se declararam prontos a apostatar; porém, os demais ficaram firmes: “Majestade, responderam, sois dono da nossa cabeça, mas não de nossa Fé: esta nós a juramos a Deus que é superior a todos os reis”. O imperador, admirando tal firmeza: “Ó punhado de heróis, exclamou, vinde entre os meus braços: sois digno de mim; quem é fiel a Deus, será fiel também a seu Soberano”. E cumulou-os de honras; ao passo que afastava de si, depois de haver degradado, aqueles que covardemente haviam traído a sua fé. (Extraído do livro A Palavra de Deus em Exemplos, G. Montarino, Do original La Parole di Dio per la Via d’Esempi)

  • Comentários Eleison nº 874

    Por Dom Williamson Número DCCCLXXIV (874) – 13 de abril de 2024 O EPISCOPADO ESTÁ MORRENDO? Hoje esses pontos parecem exagerados? Amanhã poderão parecer antiquados! No outono passado recebi a seguinte carta, só levemente resumida abaixo, de um antigo colega, ainda sacerdote da FSSPX (talvez porque ele seja mais uma ameaça de fora do que de dentro da Neofraternidade – desde que continue a respeitar a autoridade de seus líderes). Que Deus esteja com o Bispo Huonder, que morreu antes da publicação das linhas abaixo. Podemos pensar que ele teria sido menos astuto do que os malfeitores que o instrumentalizaram. A Fraternidade Sacerdotal São Pio X, em comparação com o que foi durante 21 anos sob o comando de Dom Lefebvre (1970-1991), tornou-se muito liberal, e, de cima a baixo, particularmente desde 2012, abandonou o rumo que ele estabeleceu. Chamá-la hoje “Neofraternidade” é ajustar o nome com a realidade. Infelizmente. E penso que todos os problemas dessa “Neofraternidade” vieram à tona por um momento com Dom Huonder. 1. Foi ordenado padre e sagrado bispo com os novos ritos de ordenação e consagração, respectivamente. Esse fato não é mais visto como um problema na Neofraternidade. Houve um apelo para que ele se deixasse reordenar e reconsagrar condicionalmente, mas, infelizmente, não teve efeito. A Neofraternidade abandonou o princípio clássico da Igreja de “tutiorismo”, ou seja, tomar o caminho seguramente válido sempre que houver a menor dúvida séria quanto à validade dos sacramentos recebidos, como na questão das consagrações dos bispos da Neoigreja, se não também na das ordenações dos padres. 2. Dom Huonder critica – ainda que sem entusiasmo – o Papa Francisco, o Vaticano II e a missa nova. Isso é suficiente para que uma grande parte dos nossos leigos da Neofraternidade o chamem “nosso homem, nosso bispo”. Mas, na verdade, ele nunca condenou claramente nem o Vaticano II (a revolução na Igreja Católica) nem a missa nova (a missa de Lutero). Dom Huonder disse a uma pessoa que ele celebra a missa nova com dignidade, que a vê como uma forma de missa totalmente digna. Isso mostra claramente a sua intenção de reconciliar a Missa antiga com a Neoigreja, totalmente no espírito do Papa Bento XVI, mas em absoluto contraste com o finado Dom Lefebvre. 3. Nas suas conferências, Dom Huonder admite abertamente que ainda tem a tarefa de submeter a Neofraternidade a Roma. Ele é, portanto, um agente infiltrado do Papa Francisco. E assim como o Papa Francisco usou táticas de salame durante três anos consecutivos (2015-2017) para atrair a Neofraternidade para a Neoigreja de Moloch, ao legitimar as confissões da Neofraternidade, depois os matrimônios e, por fim, as ordenações, também Dom Huonder incumbiu-se exatamente da mesma tarefa. E assim como os superiores da Neofraternidade, na legitimação oficial de suas confissões, ordenações e matrimônios, gritaram para Roma: “Oh, Santo Padre, nós te agradecemos!”, também estão agora inspirando-se em Dom Huonder, e estão regozijando-se porque um bispo da Neoigreja encontrou o seu caminho para a Neofraternidade, está vivendo em uma de nossas casas, está a aderir abertamente à Neofraternidade, como um submarino. Quão cegos ficaram os nossos superiores! 4. Dom Huonder escreveu a sua tese de doutoramento sobre um problema judaico da Idade Média. Ele introduziu na Igreja suíça um dia para os judeus. Nenhum membro da Neofraternidade parece ter perguntado se a relação do bispo com os judeus corresponde à visão tradicional que a Igreja Católica tem deles. 5. Um colega escreveu-me dizendo que se o novo rito de consagração dos bispos se revelasse inválido, seria algo de consequências terríveis. Desde o início da década de 1970 não haveria mais padres ou bispos válidos. Isso significaria que todas as congregações de rito tradicional oficialmente reconhecidas dentro da Neoigreja, como São Pedro ou Cristo Rei, também não teriam sacerdotes válidos. Isso significaria que somente na Neofraternidade continuaria existindo a Igreja de Cristo. Nem o Papa Bento XVI nem o Arcebispo Viganò teriam sido bispos válidos. Essas conclusões, de uma certa lógica, devem ser tidas em conta. O Superior Geral da Neofraternidade, o Pe. Pagliarani, levantou essa questão na sua Conferência em Écone no dia 8 de setembro do ano passado, mas se a Neofraternidade deseja absolutamente ser amada e reconhecida pela Roma maçônica e modernista, então essa pergunta simplesmente não pode ser levantada. É por isso que ele assumiu uma posição clara: as consagrações do novo rito são válidas. É possível que uma conclusão de tamanha gravidade seja verdadeira? Ouvimos constantemente que Bergoglio pretende reformar a missa nova, que na reforma da reforma não haverá mais palavras de consagração sobre o pão ou o vinho, o que significaria a extinção completa da missa. Além disso, em minha opinião, cerca de duas em cada três missas novas já não são válidas, porque os sacerdotes não creem mais na Presença Real de Cristo. Mas se a extinção total da Missa é uma possibilidade eventual, porque não também a extinção total dos bispos verdadeiramente consagrados? Kyrie eleison.

  • Não só de blábláblá vive o homem

    Por Gustavo Corção, publicado n’o Globo em 20 de novembro de 1972 O ARISTOCRÁTICO anarquista russo Príncipe Pedro Alekseewich Kropotkin, nos últimos anos do século passado, fez uma sensacional descoberta: o homem para viver precisa de pão. Perturbado pela interpretação que dera a certas palavras misteriosas e antigas, que pareciam subestimar o papel do pão no sustento da vida terrena, o príncipe russo exaltou-se com a evidência da necessidade do pão, e começou por espalhar ideias que espalhariam pão pelo mundo. Declinou cargos que lhe pareciam odiosos "quando a tanta gente em volta de mim falta uma migalha de pão". Escreveu milhares e milhares de palavras para insistir na necessidade primordial do pão, sem a menor concessão à manteiga para "barrar-lhe por cima", e sem nenhum apoio no bom-senso de cheiro aristocrático que enuncia assim o princípio de identidade: pão-pão, queijo-queijo. Nada de queijo. Pão. Pão. Pão. Ou melhor words, words, words. HOUVE uma revolução. Assassinaram-se os aristocratas suspeitos de possuir manteiga. Depois, numa genial reforma agrária, assassinaram-se os camponeses que se obstinavam em semear e colher o trigo como por milênios tinham semeado e colhido. Houve então uma fome geral na URSS, que, entre 1926 e 1930, matou mais gente do que as duas guerras somadas. O povo russo foi a primeira vítima das oligarquias e das sociedades secretas que fizeram uma revolução para destruir a civilização lírica onde se repetiu milhões de vezes que "não só de pão vive o homem", e para instaurar uma nova super sociedade de homens oficialmente e fartamente empanzinados. Mas em vez de pão trouxeram o nada. Por isso se chamavam de niilistas. E depois de terem sido socorridos pelos mesmos povos que continuavam a reafirmar os direitos da manteiga e do espírito, os revolucionários chegaram hoje, 1972, "hoy", a esta brutal evidência publicada em 23 de agosto de 1972 pelo Izvestya: "É espantoso que até agora a amarga experiência dos passados anos não tenha inculcado aos agricultores a necessidade da eficiência." O FATO, singelo e monstruoso, se impõe: os co-socialistas da infortunada América Latina conseguem arte de semear, de colher, e a arte subsequente de amassar o pão. Estão sem pão. Sim, sem pão. O REGIME se debate num palavrório que é excrementício, mas que nem para estrumar a terra tem serventia. DURANTE o verão deste ano, uma campanha de poupança de pão foi lançada na União Soviética. Os padeiros receberam instruções para diminuir os pães e as broas, e em Moscou diversos programas de filmes documentários se organizam na "Batalha do Pão", para ensinar o povo a não esbanjar o pão que lhe não sobra, e não dar aos animais os restos do pão que não tem. O ESPETÁCULO seria de um cômico prodigioso, se na pantomima não estivesse envolvido um pobre povo imbecilizado por oligarcas e por sociedades secretas que querem, a partir do Caos, corrigir a obra mal feita de Deus. NÃO HÁ, efetivamente, em toda a história, aventura mais ridícula do que esta consagração do pão pelo estúpido orgulho dos homens: e agora, mais do que nunca, o que superabunda no pobre mundo atingido pela Moléstia são as palavras consagratórias do nada. NO CREPÚSCULO tempestuoso deste século de grandes empulhamentos, é o caso de respondermos nós ao fantasma de Kropotkin e aos fantasmas menores dos imbecis que o acompanharam. Não é muito ortodoxa a ideia de um Purgatório especializado para a estupidez socialista, e sua inseparável malícia (ver Suma Teológica, IIa. IIae.. Qu.46), mas eu o imagino cheio de almas em movimento perpétuo de esquivança. Nenhuma tem coragem de encontrar e defrontar as companheiras de tão inacreditável burrice. E imagino um Kropotkin infinitamente chateado a resmungar sem pausa: não me falem de pão! Não me falem de pão! VOLTO à ideia: é nossa a hora de dizer aos parvos esquerdistas de todos os continentes: não só de blábláblá vive o homem; queremos pão. Pão e manteiga. Pão-pão, queijo-queijo, e não CIEC'S, e não CELAM'S, DEC'S, CLAR'S todas as siglas com que os monistas desaprenderam a adicionar, às injúrias feitas ao bom-senso, à economia política e à boa-fé dos patetas, uma injúria mais grave feita à Igreja em nome do progresso dos povos e do pão. No Chile, a campanha feminina das panelas vazias já anunciou o primeiro ato de uma ação devastadora que já não terá o humor negro da fome russa em 1926. Será uma fastidiosa reprise de amadores mal ensaiados. *** E QUANDO penso na participação que têm tantos bispos nessa "batalha do pão" que terminará numa derrota de esfomeados, e quando penso na avalanche de publicações que todos os dias me enviam, postas todas em pauta do adultério católico-socialista, dá-me vontade de gritar aos degradados descendentes de Kropotkin: — Não só de blábláblá vive o homem! *** OU ENTÃO, quando me demoro no exame da hediondez do conúbio católico socialista, que está a pedir um Edgard Poe ou uma Kafka para a descrição fantástica de um congraçamento festivo entre os médicos e os vírus, posto em adequada proporção. E logo me acode a frase de Gilson, a propósito do papel que Teilhard de Chardin representou no famoso Diálogo: "Só nos resta o ridículo da aventura". SIM, leitor amigo. Hoje, "hoy", o católico tem, mais do que era qualquer século da história, a consciência do ridículo de ser católico sem ser santo. Na trama dos misteriosos consentimentos, Deus só nos deixa hoje a solução da santidade. Em todos as outras perspectivas, mais ou menos horizontais, "só nos resta o ridículo da aventura". P.S. Um génio mau baixou sobre a máquina de quem piedosamente bate meus artigos, e três vezes insistiu em escrever "Octagesima Adviens" em vez de "Octogesima Adveniens". E aqui, como dizia Raul Fernandes do diplomata peruano, que tinha um nome sonoramente escabroso e duas vezes martelado, o que incomoda é a insistência.

  • Comentários Eleison nº 873

    Por Dom Williamson Número DCCCLXXIII (873) – 6 de abril de 2024 ALEMANHA ASSOLADA Poderia o ímpio homem moderno retornar para Deus? Se não, restará somente a vara. Estamos a ler atualmente nos (nada fiáveis) veículos de comunicação várias notícias sobre a grave situação na Alemanha, suficientes para fazer-nos pensar que algo vai muito mal por lá. E assim o é. Citamos abaixo a maior parte de uma carta privada recebida recentemente de um católico “resistente” que trabalha como engenheiro na Inglaterra e na Alemanha há cerca de vinte anos. Ele vê problemas pela frente na Alemanha, e isso é especialmente preocupante, porque desde o “Wirtschaftswunder”, o milagre econômico da década de 1950, através do qual o trabalho árduo e o talento alemães tiraram seu país das ruínas do pós-guerra, a Alemanha tem sido a potência econômica de toda a Europa; e se a economia alemã estiver passando por dificuldades, então a europeia também estará. Segue a leitura, em itálico: Por tudo o que observo acontecendo aqui na Alemanha, seja na FSSPX ou em geral, acho que eu deveria mudar-me para a Inglaterra. A Alemanha está afundando em todos os sentidos. A Inglaterra e todos os outros países da Europa provavelmente não estão muito melhores, mas o que poderíamos chamar modelo econômico anglo-americano ainda existe ali, e isso é algo que pelo menos ajuda a manter os pés das pessoas no chão, fazendo todo o possível para criar e manter empregos. Estes, porém, na Alemanha, faltarão cada vez mais com o passar do tempo, pois muitas empresas estão a abandoná-la devido aos elevados custos de energia desde que o gasoduto Nord Stream explodiu e todas as usinas nucleares foram fechadas. A Alemanha não é capaz de fornecer energia de substituição suficiente a partir de fontes solares e eólicas para compensar a perda de gás russo, pelo que os preços da energia continuarão a subir. Além disso, a Alemanha depende da gentileza de outros países europeus para importar energia, o que não pode ser um acordo de longo prazo. Em suma, a Alemanha está a caminho do desastre. Centenas de milhares de alemães já deixaram seu país e continuam a fazê-lo tão logo conseguem identificar uma oportunidade. A indústria automobilística está afundando lentamente, mas mais rápido à medida que o tempo passa. Parece que a Alemanha evaporará dentro de alguns anos, a menos que as pessoas voltem a viver em cavernas com o mínimo de sustento. Tudo isso pode parecer demasiado pessimista, mas tenho olhos para ver e ler o que está a acontecer aqui. Por exemplo, uma vez que certas indústrias são fechadas, elas desaparecem definitivamente, não voltam nunca mais, tanto quanto se pode prever, devido à falta de mão-de-obra experiente e ao esforço excessivo necessário para reconstrui-las, e assim por diante. Tenho a impressão de que o que está acontecendo em nível espiritual é semelhante ou paralelo a essas coisas que acontecem no plano material, inclusive no caso da FSSPX: a fé está desaparecendo, e uma vez que desapareça não voltará mais. Em geral, menos da metade da população alemã professa atualmente alguma fé cristã. A observação de “Arsênio” nos “Comentários de Eleison” de 2 de março (868) foi muito esclarecedora ao expor que, humanamente falando, não vê mais a FSSPX como a ponta de lança da Fé da Igreja, como o foi de 1970 a 2012. Essa queda eu chamaria curso da natureza. Devo admitir que eu mesmo cheguei a segui-lo, pois não havia percebido quão graves são as suas consequências... Essas interessantes observações mostram Deus agindo. De alguma forma, Ele deve impedir que uma multidão de europeus se lance no Inferno, já que graças à prosperidade materialista deles, é para lá que se dirigem neste momento (Ver todo o Capítulo VIII de Deuteronômio). O próspero homem moderno está convencido de que não precisa de Deus. Mas as consequências disto inevitavelmente cairão sobre ele. E uma coisa é certa: somente a perda de um gasoduto duplo não será suficiente para fazer com que uma multidão de homens recupere seu bom senso. Kyrie eleison.

  • XXX – O Respeito Humano - Uma solene insensatez

    O Respeito Humano É uma solene insensatez O retórico Mário Vitorino – No século IV ensinava eloquência em Roma o célebre retórico e gramático africano Mário Vitorino. Era pagão, mas o entusiasmo pelos estudos o levou a leitura do Evangelho, cuja doutrina, em que ele via certa harmonia com a filosofia platônica, lhe tocou o coração de sorte tal que ele se fez cristão. Habituado, porém, em aplausos do patriciado, envergonhava-se de confundir-se com o povo, e abstinha-se das igrejas e das práticas religiosas; e a um companheiro, que lho censurava, respondia, quase caçoando: “São, porventura, as paredes que fazem os cristãos?”. Mas veio o momento em que ele se envergonhou de sua covardia: quando leu no Evangelho a sentença de Jesus Cristo: “Se alguém se envergonhar de mim diante dos homens, eu me envergonharei dele” (Mt 10,33), fez este raciocínio lógico: “Se o tornar-me cristão é infâmia, por que me torno? E se não é infâmia, por que me envergonho?”. E diante de uma multidão de gente comovida, fez sua profissão de fé, lendo em voz alta do Credo dos Apóstolos. Essa coragem manteve-a ele afinal enquanto viveu, praticando abertamente a sua religião; e na perseguição de Juliano, o Apóstata, renunciou à cátedra, mas não à sua fé. *** O respeito humano ou o medo de mostrar-se cristão, do qual a principio deu prova Vitorino, é ainda a chaga que em nossos dias arruína tantas almas, mormente jovens. Para que esse mal não pegue em nenhum de vós, demonstrar-vos-ei que é: 1 - Uma solene insensatez 2 - Uma negra traição I – O respeito humano é uma solene insensatez 1 – O mundo fala Eis o grande espantalho que impede a muitas pessoas mostrarem-se cristãs. O mundo fala? Deixá-lo falar. Pode-se pretender-lhe tapar a boca? Façais o que quiserdes, o mundo falará sempre. Se fordes à Missa, a prédica, aos Sacramentos, dirá o mundo que sois carolas; se frequentais os espetáculos, os divertimentos, os bailes, dirá que sois levianos. Se uma jovem é retraída, é uma selvagem; se anda pelas ruas, é uma namoradeira. Se alguém poupa o que é seu, é um avarento; se tem mãos abertas é um irrefletido. Não é assim? O mundo quer sempre dizer alguma coisa. Quem lhe pode tapar a boca? Pretendê-lo seria uma insensatez. 2 – Em que se temem os mexericos Nos interesses temporais? Não. Por certo não se deixa de fazer um bom contrato, nem se deixa escapar um bom lance da sorte por causa dos mexericos da sociedade. Nesses casos faz-se o que convém, sem ligar nem a quem fala e nem a quem ri. Aliás, muitos não se preocupam com as críticas do mundo nem quando tem motivo de envergonhar-se... E se alguém lhes previne que o povo fala de sua conduta incorreta, respondem: “Que me importa o que diz o povo?”. Em que, afinal, se temem os mexericos? Nas coisas da alma. Se se trata de fazer a Páscoa, de ir à Missa, de observar a lei de Deus... aí, sim, tem-se medo: no resto se é franco e cioso da própria liberdade. 3 – E quem é esse mundo, cujas críticas se temem? São, por ventura, os bons? Não. Estes até vos louvam e vos admiram se vos mostrais francos na prática da religião. São os mais ajuizados dentre os mundanos? Também não: estes, afinal, sabem apreciar as virtudes embora não as pratiquem. Quem são então os que fazem críticas e zombam? Às vezes são ignorantes; mas em geral são homens sem honra e sem estima, os quais não querem ver na boa conduta alheia a sua própria condenação, e dos quais teríeis vergonha de serdes amigos. E destes, procurar-se-á a estima? Temer-se-á o desprezo? Não vedes que isso é insensatez? 4 – O próprio mundo condena a covardia Os mundanos são cegos consigo próprios, mas tem os olhos abertos sobre os demais. Acreditais que não vejam a covardia de quem quer agradar a Deus e ao mundo, e que como uma ventoinha se dobra a todos os ventos? Sim, veem-no: porque gostam de tê-lo como objeto de seu escárnio. Se às vezes fingem aplaudi-lo, depois pelas costas, zombam dele, chamando-o homem sem caráter e sem convicções. Não: os próprios mundanos não estimam os semi-cristãos que pretendem servir a dois senhores. 5 – O mundo respeita e admira a virtude Mostrai-vos francos e leais, e o próprio mundo respeitar-vos-á; professai publicamente vossa fé, sem desmenti-la com a conduta, e o mundo será coagido a admirar a vossa virtude. Fará suas tentativas para esmorecer-vos; mas, quando vos vê intrépidos aos seus assaltos, entrega as armas, reconhece a vossa superioridade, transforma em admiração as suas zombarias. O Rosário de um estudante - Num colégio militar de Paris havia um bom rapaz cuja mãe, viúva de um general, lhe havia dado como preciosa lembrança de um Rosário. O rapaz frequentemente o recitava, embora no meio de uma turba de colegas descrentes. Certa noite não encontra ele mais o rosário, mas recita igualmente a sua oração. Na manhã seguinte, levanta-se um barulho dos diabos entre os colegas que haviam achado o rosário. E um deles, mais desabusado, assim desafia o colega que o tinha perdido, a que o vá buscar: “Quem o capuchinho que anda com rosário? Que dê um passo avante o imbecil!”. E entrementes pendura o rosário nos ramos de uma árvore. Aí dá um passo avante o rapaz e exclama francamente: “Esse rosário é meu, e vós, mais ímpios do que o incréu Volney, que numa tempestade do mar sacou do Rosário para rezar, zombais de mim afinal; mas ficai sabendo que me glorio de rezar o rosário. Glorio-me com os maiores personagens e guerreiros: Luís XIV, Carlos V, Henrique IV, Afonso de Portugal, Carlos de Borgonha, Daniel O’Connell, em valorosos soldados da Vendéia, que Napoleão chamou de gigantes, os quais no campo de batalha marchavam com o rosário na mão. Sabeis que este rosário pertence ao general meu pai, cujo valor jamais alcançareis!”. E um oficial, espectador da cena, batendo às costas do rapaz lhe disse alto: “Bravo! Vós que tão corajosamente sabeis defender vossa religião, também habilmente sabereis um dia defender a pátria”. Vedes como trata o mundo? Estima os que o desprezam, e desprezam os que o temem. E eis a grande insensatez do respeito humano: por querer fugir às críticas do mundo, vai-se ao encontro do seu desprezo! (Extraído do livro A Palavra de Deus em Exemplos, G. Montarino, no original La Parole di Dio per la Via d’Esempi)

  • Ressurreição

    Por Gustavo Corção, publicado n’O Globo em 01 de abril de 1972 PONDERA bem, ó alma de minha alma o incerto traçado de nossa vida, linha torta, irregular, e sobretudo quebrada. Pondera e considera bem, ó alma de minha alma, a miséria extrema de nossa condição: com os olhos do espírito abertos para a visão do infinito, com a boca da alma aberta para o bem supremo, que fazemos nós de tão preciosos dons? Vivemos apenas o minuto que passa, o presente que nos estraçalha, nos pulveriza e nos permite que um ou dois grãos desse pó tenha frêmitos de amor e deslumbramentos de inteligência. Logo passa o fugaz relâmpago, e o átomo de vida dá lugar a outro átomo que já o empurrava com impaciência. E TODO esse aparatoso caminhar só nos leva à mesma terra de onde viemos; ao mesmo pó, e ainda querem alguns que nos consolemos com a ideia da grama que verdejará e da rosa que se ruborizará com a decomposição do corpo que vida afora nos carregou. Não sei se alguém haverá que se conforte com tal espécie de ressurreição. Eu não. DIZ o poeta máximo: Destarte a vida em outra fui trocando: Eu não, mas o destino fero e irado, Que eu, inda assim, por outra a não trocara. TAMBÉM eu por outra não trocara a minha pobre vida. E tu também. E todos. Nossa vida é o que somos; nossa pessoa é nossa vida passada no crivo das horas e dos dias. Queremos ser o que somos ainda quando vorazmente corremos atrás do que não somos. Triste sorte, mísera condição: queremos uma integridade, e vivemos instantes, instantâneos fotografados nas pupilas que nos espionam com uma fatigada curiosidade. Mísera sorte, estranha condição. Experimente, leitor, folhear um álbum de retratos: ali estão instantâneos, pontos de vida. Observa este sorriso e aquele gesto de mão ou de corpo inteiro. Tudo isto, no cinema seria um quadro. E o cinema é mais compassivo do que a vida porque repete o quadro com as pequenas variações estáticas que, na hora da projeção, nos devolvem a continuidade móvel que devorou o gesto. Ephemères, dizia Mauriac de todos os personagens que não tivessem a eternidade de sua infância em Malagar; ephemère, terá pensado Toulouse Lautrec quando pintou a figura de um noceur que se despregava de outros ephernères, e ficou com a mais fugaz atitude eternizada na tela. VAN GOGH, escrevendo a seu irmão, queixava-se de tudo, e blasfemava liricamente, inocentemente, dizendo, com sua autoridade de genial artista, que este nosso mundo "est un monde mal venu". Mal acabado, mal feito. E o pobre pintor da pura luz emancipada das substâncias da terra não sabia que nessa carta desesperada escrevia a seu modo um ato de esperança. "Et pourtant, M. Vollard, la nature est si belle!". dizia Cezanne. E são justamente esses que acham tão bela a natureza. São justamente os capazes de ficar uma hora a admirar a imobilidade de uma pétala de rosa, ou a mobilidade de um inseto cravejado de pedras preciosas. São precisamente as almas mais abertas para o conhecimento e para o amor, são justamente os mais apurados que sentem o que lhes parece ser a má feitura de mundo, e que acham intolerável a simples ideia da vida ser esse disparate, ou essa longa frase sem sentido, que a morte interrompe sem por isso lhe trazer maior nexo. Ao contrário, descontadas as enfáticas e grandiosas exceções, a morte vem sempre ou quase sempre acompanhada de um cortejo de mau gosto e de macabro ridículo. *** “O MEU Reino não é deste mundo", disse Nosso Senhor categoricamente, e disse-o justamente a um personagem que representava o Reino deste mundo, e preveniu-nos, no último dia em que esteve conosco em sua primeira vinda, de que por isso seríamos odiados pelo "mundo". Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos que por derrisão entrou no Credo, foi crucificado, morto e sepultado. E ressuscitou no terceiro dia como anunciara, aleluia! aleluia! E SE tudo isto foi um sonho que tantos e tantos sonharam, e pelo qual deram a vida, e se agora acordados num planeta estéril e hediondamente povoado de máquinas ridículas vemos que foi apenas um sonho dentro de um sonho, então... então, se o Cristo não ressuscitou, nós somos as mais desgraçadas criaturas, não apenas pela morte que nos espreita e espera, mas pela morte que passa a ser a própria linha com que se cose a vida. "Madame, vous sentez la mort", disse Henrique II, de França, a Catarina de Médicis nas vésperas do massacre de São Bartolomeu. SE O Cristo não ressuscitou para abrir o caminho de nossa ressurreição, nós somos todos "mal venus", e todos nós temos cheiro de morte. AO CONTRÁRIO, ressuscitando Cristo, como nos dizem a Fé e a Esperança, então não é somente o morto do último lance de vida que se erguerá, é toda a vida, são todos os malogros, todos os sofrimentos desta longa vida que ganharão sentido e forma harmoniosa, porque foi principalmente por esse crivo que imitamos o Cristóvão que se carrega a si mesmo e nos carrega todos para a terra dos ressuscitados, aleluia. E QUANDO galgarmos à margem oposta, antes de vermos descortinada toda a paisagem do Novo Mundo, podemos lançar um último olhar para trás: e então será a tênue luz de um Círio Pascal que nos desvendará os desconcertos do mundo, e que nos dirá o sentido que teve, e que ainda tem na eternidade, cada áspero momento que agora nos parece absurdo e incompreensível. Veremos a dor de nossa vida como um rastro de luz. E À MEDIDA que clarear a primeira aurora do mundo novo entenderemos melhor a esperança dos santos: onde abundou o pecado superabunda a graça; e onde bruxuleou a Fé resplandece agora a luz da Glória.

  • Comentários Eleison nº 872

    Por Dom Williamson Número DCCCLXXII (872) – 30 de março de 2024 A RESSURREIÇÃO DA RÚSSIA Os sinais de esperança ao nosso redor estão todos extintos? Não! Os sinais de Deus na Rússia são bastante distintos! Segue o conteúdo resumido e adaptado de uma página de um artigo publicado recentemente por Alexander Dugin, um dos principais pensadores da Rússia de Putin, que mostra como a luta da Rússia deverá passar agora para o campo de batalha dos corações e das mentes, para afastá-los do vale da morte comunista e liberal. E assim o será. Nossa Senhora está agindo no povo russo. Quando o comunismo entrou em colapso na Rússia, no final da década de 1980, foi o liberalismo que assumiu como ideologia dominante. Desde 1991, praticamente todos os princípios fundamentais estabelecidos na educação, nas humanidades e na cultura tiveram uma base estritamente liberal. O liberalismo chegou à Rússia como o domínio das minorias liberais pró-Ocidente, os “reformistas”. Essa elite liberal, composta por oligarcas, uma rede de agentes de influência americanos, e altos funcionários corruptos do final da era soviética, governa através de métodos totalitários. Ela age em nome do progresso e da globalização, e acredita que o capitalismo é o auge do desenvolvimento humano. Hoje, isto inclui a ideologia de gênero e a ecologia. Crê que apenas a minoria liberal “iluminada e desperta” (woke) sabe o que é “certo”. Assim, as minorias progressistas devem governar, e o resto da população deve ser mantido estritamente sob controle. A ascensão de Putin ao poder no início dos anos 2000 mudou a situação ao introduzir o princípio da soberania com uma diversidade de nações soberanamente independentes, o que é totalmente negado pelo dogma liberal. O liberalismo exige que os estados nacionais soberanos sejam abolidos e integrados numa estrutura supranacional de governo mundial. Portanto, com a chegada de Putin, o embate era inevitável, e as minorias liberais mais radicais opuseram-se a ele. No entanto, muitos liberais decidiram adaptar-se a Putin, conformando-se exteriormente, enquanto interiormente continuavam a seguir um rumo liberal como se nada tivesse mudado. Assim, Putin conseguiu assinar o Decreto 809 sobre valores tradicionais (diretamente oposto à ideologia liberal), acrescentar disposições sobre a família normal à Constituição, mencionar Deus como o fundamento imutável da história russa e proibir os movimentos LGBT como sendo extremistas. Não obstante, o domínio liberal na Rússia permanece. Penetrou tão profundamente na nossa sociedade que continua a reproduzir-se nas novas gerações de gestores, funcionários, cientistas e educadores, apesar do curso soberano de Putin. Portanto, embora Putin seja a nossa principal esperança de libertação da dominação liberal, o garante da vitória na Operação Militar Especial na Ucrânia e o salvador da verdadeira Rússia, no entanto, a maioria daqueles que atualmente parecem amigos de Putin não está realmente do seu lado. A seita liberal totalitária não pensa em renunciar às suas posições. Está disposta a lutar por elas até o fim. Não teme nem as forças patrióticas na política, nem o povo, nem Deus (ou não creem n’Ele ou acreditam no próprio deus dela, decaído). Só Putin lhe põe freio, e ela não ousa enfrentá-lo. Assim, a Rússia precisa de concentrar-se na vitória na Ucrânia. Putin vê isto com sobriedade e clareza: sem a vitória na Ucrânia, não há Rússia. Mas derrotar o Ocidente fora da Rússia e ao mesmo tempo preservar a onipotência totalitária dos liberais dentro da Rússia é simplesmente impossível. Enquanto o liberalismo prevalecer nos corações e nas mentes, até a vitória na Ucrânia será mais aparente do que real. A Rússia não pode estabelecer-se como uma civilização enquanto estiver impregnada de liberalismo em suas formas mais tóxicas. É por isso que é hora de abrir outra frente: no campo da ideologia, da visão de mundo e da consciência pública. A dominação totalitária dos liberais na Rússia – principalmente nos domínios do conhecimento, da ciência, da educação e da cultura – tem de acabar. Kyrie eleison.

  • Comentários Eleison nº 871

    Por Dom Williamson Número DCCCLXXI (871) – 23 de março de 2024 LATIM e GREGO A boa educação não é algo difícil de encontrar. O que já foi testado e comprovado? Latim e Grego. O valor dos clássicos pré-cristãos na educação católica é um assunto que gera alguma controvérsia. Por exemplo, um famoso católico antiliberal do século XIX, Monsenhor Gaume, argumentou que os autores clássicos em latim e grego seriam demasiado impuros para serem utilizados nas escolas católicas. Mas isso nos parece um exagero. Para fins de educação no nível natural, há demasiado valor real nos clássicos latinos e gregos para que sejam absolutamente rejeitados. Os clássicos gregos e latinos são produtos de homens inteligentes e sérios que pensaram muito sobre a vida, e que apresentam, pelo dom de Deus, muitas verdades sobre a vida e a natureza humana. É verdade que as impurezas estão espalhadas por toda parte, mas não são a peça central, e sim um elemento secundário. Um exemplo notável seria a Eneida de Virgílio, que mantém um nível moral tão elevado, que foi amplamente consultada no auge da Idade Média por sua visão elevada da vida. Em suma, a sociedade cristã é sobrenaturalmente superior à sociedade dos antigos clássicos, mas essa antiga sociedade clássica é muito superior, naturalmente, à degenerada sociedade moderna. Sob a perspectiva da educação, é especialmente fácil defender a superioridade integral do latim e do grego, em oposição a uma educação nas línguas modernas ou nas ciências modernas. Uma boa educação proporcionará disciplina para os corações e as mentes dos jovens, cultura para as suas almas, e história para as suas vidas. Somente o latim e o grego fornecem as três coisas; o latim fornece a prática dos fundamentos, e o grego fornece a teoria. DISCIPLINA: O latim é uma língua extremamente lógica, que exige muita reflexão para desemaranhar: sujeito, verbo, objeto e assim por diante. Também há disciplina na aprendizagem da Matemática, Física, Química, Informática e Tecnologia, etc., mas tudo o que há ali é material, determinado, não humano, precisamente e orgulhosamente abstraído de tudo o que é espiritual, livre ou humano. E o que os jovens já não aprendem na escola, nem com os avós, nem mesmo com os pais, têm de encontrar na sarjeta, fornecido por Hollywood, pela Internet, em seu smartphone, etc. É sorte se eles tiverem ao menos um treinador esportivo que seja humano! No deserto espiritual de uma educação “científica”, quanta influência benéfica um simples treinador pode ter... CULTURA: Quando se trata de educar e formar os corações e as almas dos jovens (corações e almas que eles têm, com necessidades imperiosas), então as “ciências” mencionadas acima são simplesmente inúteis, enquanto as línguas modernas são uma segunda opção, porque toda a modernidade desde a “Reforma” e a sua cultura estão mais ou menos manchadas pela apostasia, pela guerra contra Deus. É claro que as culturas latina e grega não estão livres do pecado original, mas estão singularmente livres da Reforma e de todas as suas consequências, apresentando uma visão mais simples e pura dos fundamentos da natureza e da vida humana. São, assim, uma grande ajuda na formação dos jovens. HISTÓRIA: As culturas latina e grega estão inscritas na história de toda a civilização ocidental, e já é bastante tarde para que a cultura de qualquer outra língua alcance o mesmo. O latim e o grego foram duas das três línguas pregadas na Cruz de Nosso Senhor. O grego foi a língua do Novo Testamento. Roma rapidamente se tornou o centro da Igreja. “A história é a mestra da vida”, diz um velho e sábio provérbio, e aprender latim e grego é necessariamente aprender um pouco da história grega e romana. Em 1984, George Orwell escreveu: “Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado”. Portanto, quem controla as nossas escolas hoje, controla o nosso futuro. E essas pessoas estão atualmente trabalhando arduamente, desconsiderando o latim e o grego, fazendo com que a história comece com a Segunda Guerra Mundial, o que é muito mais facilmente manipulável do que lidar com a história antiga. O que isso nos diz sobre a educação moderna? Algo que não é nada bom: ela está formando ovelhas para o Anticristo. Kyrie eleison.

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